quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O Futon e as Cortinas

Ontem nossa casa recebeu mais itens importantes de mobiliário: o futon da sala de TV e as cortinas. Não preciso dizer como as cortinas eram importantes, apesar do meu marido ficar dizendo que elas não eram prioridade (tinha que me trocar no banheiro ou no corredor, porque as janelas são grandes e...bom, vcs sabem).

O problema foi que elas ficaram um pouco diferentes do esperado. Queríamos um visual mais moderninho, umas estampas meio kitsch...mas o resultado foi que o quarto do casal ficou com cara de "decoração romântica/provençal" e o quarto de hópedes ficou mais "casa da vovó". Não preciso dizer que o Evilásio quase deixou uma lágrima escorrer pelo rosto...

A solução agora vai ser pirar o cabeção no resto da decoração e fazer uma coisa meio louca, pra parecer que foi de propósito. hahaha. O Evilásio agora quer colocar um painel de neon no quarto principal (socorro!).

O Futon é lindo e ficou exatamente como eu imaginava. Mas o Evilásio tb não gostou. Então ontem não foi um dia muito bom pra ele.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Bem-vindo à Cracolândia

A Record vai fazer uma matéria especial sobre o crack em São Paulo e vieram filmar os drogrados colocando as "pedras" por baixo do portão do meu trabalho...Luxo!

Além dessas emoções, temos aqui, no mesmo casarão (é, eu trabalho num casarão), uma galerinha da Cultura, liderada por uma atriz de "Mutantes", que chora se não dermos pra ela um sofá ou uma vaga na garagem. Chora mesmo.

A minha chefe é militante pela causa GLBT e as primeiras fotos que aparecem dela no Google são com um boá pink na Parada Gay.

E meu horário é de 9h (9h30...) até 17h. Dá pra não amar?

...

PS.: Comentário de uma colega na semana passada: "Você sabe que aqui tem muita bichinha, né? Mas são serem humanos também..."

sábado, 16 de janeiro de 2010

Assentando a poeira

Toda semana vem uma sensação de "agora estamos aqui". Cada vez mais. Cada vez mais forte.
Se o cara vem instalar o combo NET, quer dizer que já temos telefone, internet e TV em casa, já podemos ligar, responder e-mail e escrever aqui, além de ver People&Arts sem ter que baixar os episódios no trabalho. Tudo isso em casa. Na nossa casa. O cara da NET vem hoje.

Se chega o sofá da sala de TV, significa que já não mais acampamos na frente dela pra ver os primeiros momentos do BBB - e falar mal - mas que é confortável ver TV em casa. Na nossa casa com futon e TV a cabo. O futon chega na semana que vem.

Se chegam cartas, mesmo contas pra pagar, no nosso nome, quer dizer que todo mundo já pode achar a gente em casa, sentados no futon, vendo TV. Na nossa casa temos comprovante de residência!

O ruim de se sentir em casa, nessa nossa nova casa, é que a velha casa começa a virar lembrança. Os amigos que a orbitavam parecem ficar mais longe. A família que visitava sempre já precisa de uma promoção da TAM pra vir. E o coração aperta.

Dizem que as casas mais charmosas são aquelas que tem história, objetos com significado, alguma coisa brega de que não dá pra abrir mão etc. Então, que venha a velha casa pra dentro da nova, que é tão maior a nova, que, sem a velha, fica vazia.

sábado, 19 de dezembro de 2009

começou...

A mudança chegou, e agora é que começou a trabalheira. Pelo menos, estamos em casa.
A Raquel vai, de fato, trabalhar na filial da Cracolândia, mas, "assim, de 9 às 17h", disseram. Sorte dela. É sábado, e eu estou aqui no trabalho.

Domingo vamos testar mais uma igreja, agora aqui perto de casa. Torcei!

O natal deixa um clima bom.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

E está perto...

A mudança chegou a SP. Mas não ao nosso endereço, não ainda... enfim, pelo menos tá por perto.
Em 5 dias entregam nosso sofá-cama do Ponto Frio (celular de brinde pra Raquel, ê!) e em pouco tempo está tudo certo.
Até o hotel está melhor. É o mesmo, mas esse quarto não tem carpete.
Depois de uma semana de febre, inchaços, dores e morte, essa começou bem!
Segunda que vem estamos em Bsb de volta!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Morando em hotel

Saí do flat na esperança de ir pra minha casa quando voltasse do Japão, mas o sofá-cama não chegou. Aliás, o sofá-cama não foi comprado. Ainda. Vi que a loja mais próxima é na Sé, e não vou lá à tarde MESMO!

Aí continuo morando em hotel. Claro, pra tantos dias, hotel barato, por favor.

Hotel barato = cheiro de mofo, chuveiro ruim, toalha de rosto inexistente, TV aberta (quase literalmente), falta de tomada, Tang no café da manhã.

E pensar que meu hotel em Tóquio tinha uma linda vista que não era pros fundos do Mestiço...

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

cinzas

Hoje o dia começou triste. Estou em Tóquio e recebi a notícia de que, em Fortaleza, o apartamento da minha tia e meus primos queimou em um incêndio.
Não sobrou nada, ficaram só com a roupa do corpo.
De tantos metros quadrados de luxo e riqueza, ficaram só uns panos. Falei com ela, estão todos bem e serenos. Estou refletindo sobre isso. O fogo destruiu uma casa, mas o lar fica e, nessas horas, fica ainda mais forte. E o consolo de Deus se manifesta, mostrando pra gente o que realmente importa.
Minha tia me disse pra ler esse poema:

Se és capaz de manter a calma quando todos em teu redor já a perderam;
De crer em ti quando todos duvidam,
E para esses no entanto encontrar uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
E não parecer bom demais, nem pretensioso;
Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires;
De sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores;
Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires
Tratar da mesma forma esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de ver transformadas
Em armadilhas as verdades que dissestes,
E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
E refazê-las com o bem pouco que te reste;
Se és capaz de arriscar numa única chance
Tudo o que ganhaste em toda uma vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persisitir assim quando, exaustos, contudo
Resta a vontade em ti que ainda ordena: "Persiste!";
Se és capaz de, entre a plebe não te corromperes.
E, entre reis, não perder a naturalidade,
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
Se a todos podes ser de alguma utilidade,
E se és capaz de dar, segundo por segundo,
Ao mínimo fatal todo o valor e brilho,
Tua é a terra com tudo o que existe no mundo
E o que é mais - tu serás um homem, ó meu filho!

Estou morrendo de sono e jet lag, não consigo elaborar mais. Vou orar por eles.